Seminário de Investigação sobre a Antologia Homoerótica Camoniana

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GRUPO DE INVESTIGAÇÃO POÉTICAS EM LÍNGUA PORTUGUESA (PLP)

SEMINÁRIO DE INVESTIGAÇÃO

(No âmbito do projeto de investigação “Reescrever o séc. XVI”)
“Antologia homoerótica camoniana”
SEMINÁRIO EM MODALIDADE MISTA (PRESENCIAL + ONLINE)

DATA: 6/JUNHO/2022, 10h-13h e 14.30h-17.30 (hora de Portugal continental)
LOCAL FÍSICO:
Sala de investigadores do CEHUM.
LOCAL ONLINE:
ID da Reunião - 811 9957 0400
Senha de acesso - 228820
Link do convite
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/81199570400?pwd=UVgydmZjdGpxL0VCMzN…

ORGANIZAÇÃO:
- Micaela Ramon (ELACH/CEHUM – U. MINHO)
- Sérgio Guimarães de Sousa (ELACH/CEHUM – U. MINHO)
- Marcia Arruda Franco (DLCV/FFLCH – USP)

APRESENTAÇÃO:
Este seminário de investigação realiza-se no âmbito do projeto internacional intitulado
“Reescrever o século XVI”, desenvolvido em cooperação entre a U. Minho (Portugal) e a USP
(Brasil), ao abrigo do Edital 1024 AUCANI/USP 2019-2022. Tem como principal objetivo estudar
o século XVI através de uma revisitação crítica de fontes quinhentistas, bem como por meio da
análise da receção do Quinhentismo nas literaturas brasileira e portuguesa e nos discursos
crítico e histórico-literário.
Nas últimas décadas, tem-se vindo a desenvolver uma investigação sobre o homoerotismo no
Renascimento que pretende rastrear a forma como a Imitatio renascentista leva os poetas da
época a revisitar os lugares do homoerotismo antigo. A investigação sobre a prática
homoerótica na poesia do passado remoto implica 1) distinguir o que se entende por
homoerotismo na sociedade de corte no início dos tempos modernos 2) determinar a sua
tematização na poética renascentista, de acordo com os princípios criativos da Imitatio.

Neste seminário apresentar-se-ão e discutir-se-ão os trabalhos em curso com vista à
publicação de uma Antologia homoerótica camoniana. A elaboração de tal antologia parte de
uma leitura do romance de Frederico Lourenço, Pode um desejo imenso, cuja trama ficcional
chama a atenção para os lugares do homoerotismo clássico nas poesias que Camões terá
dedicado a D. António de Noronha. Trata-se de um corpus constituído por 10 poemas líricos - 2
sonetos, 2 elegias, 1 canção, 1 ode, 3 éclogas e as oitavas ao Desconcerto do mundo, a que se
juntam o Convite que fez em Goa a certos fidalgos, e a ode que dá título ao romance de
Frederico Lourenço. A partir de uma perspetiva filológica e histórico-cultural, esses poemas
são transcritos, anotados e comentados de modo a permitir inseri-los na tradição clássica
homoerótica, tendo em conta os parâmetros previamente definidos e o discurso crítico sobre
eles produzido ao longo dos séculos.
PROGRAMA:
Manhã:
10h – “Garcia de Orta e Camões: as plantas e o corpo no Renascimento”, Henrique Carneiro,
Departamento de História (USP, Brasil)
10h30 – “Reescrever o século XVI: Francisco de Sá de Miranda”, Sérgio Guimarães de Sousa,
(ELACH/CEHUM – U. MINHO)
Moderadora: Marcia Arruda Franco (DLCV/FFLCH – USP)

INTERVALO PARA CAFÉ

11h30h – “Antologia homoerótica camoniana: enquadramento, objetivos e metodologia”,
Micaela Ramon (ELACH/CEHUM – U. MINHO)
12h - Ode XIII – Fora conveniente (Cancioneiro de Luís Franco/século XVI), Dalila Diogo,
(ELACH/CEHUM – U. MINHO)
12h30 - Écloga I – Que grande variedade vão fazendo (1595), Mário Júnior (ELACH/CEHUM – U.
MINHO)

ALMOÇO

Tarde:

14h30 - Écloga VII – As doces cantilenas que cantavam (1595), Maria Clara Crespo (IC-FFLCH-
USP)

15h - Soneto XIII na Carta da Índia – Em flor vos arrancou, de então crescida (1598), Larissa
Stocco Gomes (IC-FFLCH-USP).
15h30 - Canção XVII – A vida já passei assaz contente (1685-1815-1861) – Sérgio Eduardo
Felisbino Júnior (IC- FFLCH-USP).

INTERVALO PARA CAFÉ (10 min.)

16h10 – “Estudo e edição de três poemas de Camões para a AHC”, Beatriz Bouchiglioni e Neves
(IC-FFLCH/USP);
16h40 – “Três poemas de Camões para a AHC”, Thiago Zanello (com Luisa Caetano dos Santos,
Isaac Massullo e Nycole Caroline Fuzaro) (PIBIC-EM/CNPq-USP).
Sessão Final:
17h - “Outros caminhos do homoerotismo renascentista: O convite de Camões em Goa a
certos fidalgos”, Marcia Arruda Franco (PPGLP-DLCV/FFLCH – USP).

 

 

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