IELP II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas

 

Disciplina: Introdução aos estudos de língua portuguesa II (FLC0115)

Docente: Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

 

Programa

 

1. O discurso e o texto: noções.

2. Gêneros discursivos e sequências textuais: noções

3. Oralidade e letramento

4. O continuum fala-escrita: oralidade e escrituralidade

5. Os gêneros falados: da conversação aos gêneros formais e públicos

6. Noções de Pragmática: atos de fala, máximas conversacionais, pressupostos e subentendidos, inferências.

7. A perspectiva textual-interativa e as especificidades do texto oral

8. Elementos fundamentais do texto oral: tópico discursivo, turnos, marcadores conversacionais, paráfrase, correção, repetição, tematização e rematização, descontinuidades

9. A construção do texto: processo de referenciação

10. Cortesia verbal e teoria das faces

11. Texto e ensino: breves considerações

 

Data

Aula

Tema da aula

Bibliografia sugerida

(texto central/texto complementar)

06/10

1ª aula

Apresentação da disciplina/ Noções básicas de texto e discurso

 

08/10

2ª aula

Gêneros discursivos e sequências textuais

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. (2009) Escrita e práticas comunicativas. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, pp. 53-74.

MARCUSCHI, L. A. (2008) Gêneros textuais no ensino da língua. In: MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, pp. 146-206.

 

13/10

3ª aula

Gêneros discursivos e sequências textuais

 

15/10

4ª aula

Noções de Pragmática: Máximas conversacionais, pressupostos, subentendidos, atos de fala

BRANDÃO, H. H. N. (2001) Pragmática Linguística: delimitações e objetivos. In: MOSCA, L. L. S. (org.)  Retóricas de ontem e de hoje. São Paulo: Humanitas, pp. 161-182.

20/10

5ª aula

Oralidade e Escrituralidade: continuum de práticas sociais e discursivas

 

O texto oral: características gerais da fala

 

A perspectiva textual-interativa e a Análise da Conversação

MARCUSCHI, L. A. (2001) Oralidade e letramento. In: MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo, Cortez, pp. 15-43

KOCH, I. G. V. (2006) Especificidade do texto falado. In: JUBRAN, C. C. A. S.; KOCH, I. G. V. (org.) Gramática do Português Culto Falado no Brasil, vol. I. Campinas: Editora da Unicamp, pp. 39-46.

RODRIGUES, A. C. S. (1999) Língua fala e língua escrita. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 13-32.

22/10

6ª aula

Turnos conversacionais

GALEMBECK, P. T. (1999) O turno conversacional. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 55-79.

FREITAG, Raquel Meister; ARAUJO, Andréia Silva (2010) “Quem pergunta quer resposta!” – perguntas como estratégias de interação na escrita. Via Litterae, Anápolis, v. 2, n. 2, p. 321-335, jul./dez. 2010.

27/10

7ª aula

29/10

8ª aula

Tópico Discursivo e Digressões

FÁVERO, L. L. (1999) O tópico discursivo. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 33-54.

JUBRAN, Clélia (2006) Revisitando a noção de tópico discursivo. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, 48 (1), p. 33-41.

ANDRADE, M. L. C. V. O. (2001) Relevância e contexto: o uso de digressões na língua falada. São Paulo: Humanitas, pp. 185-195.

03/11

9ª aula

Sintaxe do texto falado: tematização, rematização, parentetização e foco

KOCH, Ingedore (2014) Tematização e rematização no português falado no Brasil. In: KOCH, Ingedore. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, p. 101-124.

05/11

10ª aula

Atividade sobre as aulas 01-09

Valor: 3,0

10/11

11ª aula

Marcadores Conversacionais

URBANO, H. (1999) Marcadores Conversacionais. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 81-101.

PENHAVEL, Eduardo (2012). O que diferentes abordagens de marcadores discursivos têm em comum? Revista (CON)TEXTOS Linguísticos, Vitória, v.6, n.7, p. 78 – 98.

KOCH, Ingedore (2014) As marcas de articulação na progressão textual. In: KOCH, Ingedore. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, p. 86-100.

12/11

12ª aula

Marcadores Conversacionais

17/11

13ª aula

Paráfrase, Correção e Repetição

HILGERT, J. G. (1999) Procedimentos de reformulação: a paráfrase. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 103-127.

BARROS, D. L. P. (1999) Procedimentos de reformulação: a correção. In: PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo, Humanitas, pp. 129-156.

MARCUSCHI, L. A. (2006) Repetição. In: JUBRAN, C. C. A. S.; KOCH, I. G. V. (org.) Gramática do Português Culto Falado no Brasil, vol. I. Campinas: Editora da Unicamp, pp. 219-254

19/11

14ª aula

Paráfrase, Correção e Repetição

26/11

15ª aula

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa

MODESTO, A. T. T. (2011) Processos interacionais na internet: Análise da Conversação Digital. Tese de Doutoramento. FFLCH-USP. (Capítulo IV)

SILVA, L. A. (1998). Polidez na interação professor/aluno.  In: PRETI, D. (org.) Estudos de língua falada: variações e confrontos. São Paulo: Humanitas, pp. 109-130.

GALEMBECK, P. T. (1999). Preservação da face e manifestação de opiniões: um caso de jogo duplo. In: PRETI, D. (org.) O discurso oral culto. São Paulo: Humanitas, pp. 173-194.

28/11

16ª aula

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa

01/12

17ª aula

Atividade sobre as aulas 06-16

Valor: 3,0

03/12

18ª aula

Processos de referenciação

 

 

 

 

Apostila intitulada Referenciação

KOCH, Ingedore (2014) As formas nominais anafóricas na progressão textual. In: KOCH, Ingedore. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, p. 26-45.

KOCH, Ingedore (2014) Linguagem e cognição: a construção e reconstrução de objetos de discurso. In: KOCH, Ingedore. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, p. 46-61.

KOCH, Ingedore (2014) Rotulação: uma estratégia textual de construção do sentido. In: KOCH, Ingedore. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, p. 26-45.

MARCUSHCI, L. A.; KOCH, I. G. V. (2006) Referenciação. In: JUBRAN, C. C. A. S.; KOCH, I. G. V. (org.) Gramática do Português Culto Falado no Brasil, vol. I. Campinas: Editora da Unicamp, pp. 381-399.

KOCH, I. V. (2005) Referenciação e orientação argumentativa. In: KOCH, I. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C. (org.) Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, pp. 33-52.

JUBRAN, C. S. (2005) Especificidades da referenciação metadiscursiva. In: KOCH, I. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C. (org.) Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, pp. 219-241.

MARCUSCHI, L. A. (2005) Anáfora indireta: o barco textual e suas âncoras. In: KOCH, I. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C. (org.) Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, pp. 53-77.

MIRANDA, Neusa Salim. (1999) Domínios conceptuais e projeções entre domínios: uma introdução ao Modelo dos Espaços Mentais. Veredas: revista de estudos linguísticos. Juiz de Fora, v. 3, n. 1, p. 81-95.

08/12

19ª aula

Processos de referenciação

 

 

 

10/12

20ª aula

Processos de referenciação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

15/12

21ª aula

 

Processos de referenciação

 

 

 

 

17/12

22ª aula

 

Atividade sobre as aulas 18-21

Valor: 4,0

Entrega do trabalho final

Valor 10,0

05/01

23ª aula

Recuperação

 

07/01

24ª aula

Prova de recuperação

 

 

Procedimentos de avaliação

Serão utilizados, nesta disciplina, dois instrumentos de avaliação: quatro atividades realizadas em aula (15.10; 05.10; 26.10; 10.12) e um trabalho final em formato de artigo científico (15.12).

A média será calculada segundo a fórmula abaixo:

 

M = ∑notas das atividades em aula + nota do trabalho

                                                           2

 

            Será considerado reprovado o aluno que obtiver frequência inferior a 70% e/ou média inferior a 3,0.

            Será considerado em recuperação o aluno que obtiver média final entre 3,0 e 4,9 e frequência mínima de 70%.

Considerar-se-á aprovado no processo de recuperação o aluno que obtiver nota igual ou superior a 5,0, com frequência mínima de 70%.

 

Bibliografia


ANDRADE, M. L. C. V. O.  Relevância e contexto: o uso de digressões na língua falada. São Paulo: Humanitas, 2001.

AQUINO, Z. G. O. Conversação e conflito:  um estudo das estratégias discursivas em interações polêmicas. Tese de doutoramento. São Paulo, FFLCH/USP, 1997.

BROWN, P.; LEVINSON, S. C. Politeness: some universals in language usage. 17 reimpressão. Ed. Revista. Cambridge: Cambridge University Press,  2008 [original: 1978; revisão: 1987]

CALVET, Luis-Jean. La tradition orale. Paris: PUF, 1984. [trad. Waldemar Ferreira Netto A tradição oral]
CASTILHO, A. T. de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1999. 
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FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 7ed. São Paulo: Ática, 1999.
FÁVERO, L. L.; ANDRADE, M. L. C. V. O.; AQUINO, Z. G. O. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. São Paulo: Cortez, 1999.

FREITAG, Raquel Meister; ARAUJO, Andréia Silva (2010) “Quem pergunta quer resposta!” – perguntas como estratégias de interação na escrita. Via Litterae, Anápolis, v. 2, n. 2, p. 321-335, jul./dez. 2010 .
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_______.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

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_______. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, 2014.

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MOSCA, L. L. S. (org.)  Retóricas de ontem e de hoje. São Paulo: Humanitas, 2001.

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